Concedeu entrevista à Rádio Fronteira Missões, o Deputado federal Ubiratan Antunes Sanderson (PSL/RS), falando sobre o cenário político atual, CPI da Covid-19 e projeto do voto impresso.
Ubiratan Antunes Sanderson nasceu em Erechim e foi criado em Santo Ângelo. Policial federal há mais de 23 anos, Sanderson foi convidado a entrar na política pela família Bolsonaro e conquistou uma vaga na Câmara Federal com o apoio de 88.559 gaúchos.
Em seu primeiro ano de mandato, Sanderson foi o parlamentar gaúcho que apresentou o maior número de proposições: foram 62 projetos de lei, 59 relatorias e 255 propostas legislativas. Integrou 12 comissões e 156 frentes parlamentares. Foi convidado, pelo presidente Jair Bolsonaro, a ser vice-líder do Governo na Câmara dos Deputados.
As principais bandeiras defendidas são a segurança pública, o combate à corrupção e o agronegócio. Entre os projetos de lei apresentados estão: o que revoga a lei que estabeleceu privilégios para ex-presidentes da República; o que diminui em 25% o valor da cota parlamentar; e uma dúzia de proposições voltadas à segurança no campo.
Sobre a investigação do desvio para a compra da vacina Covaxin, denunciada pelo deputado Luís Miranda, Sanderson disse que a palavra-chave para essa situação é apuração, espera que todos os fatos sejam investigados em toda sua extensão e para isso já foi encaminhado para a polícia federal a notícia criminal ou a notícia de um possível crime e agora cabe ao órgão averiguar. O fato é que isto é uma acusação grave e que se a denúncia não for confirmada, vai se configurar uma denunciação caluniosa, onde os envolvidos vão responder criminal e civilmente e no âmbito da Câmara dos Deputados a medida pode chegar à cassação do mandato.
Disse que na sua visão, a CPI da Covid foi criada para perseguir o governo, já que o país está a dois anos sem escândalos de corrupção no governo, para ele, a CPI é inconveniente, imprópria, inoportuna e tem o objetivo de impedir a retomada da normalidade social do Brasil. O parlamentar também questionou a idoneidade do presidente, do vice e do relator desta comissão, ressaltando que são pessoas desonestas, corruptas, sem credibilidade e não deveriam estar ali num cargo de extrema importância.
Sobre o voto impresso, disse que o sistema atual é falível e é burlável, o voto impresso deve passar na Câmara, mas terá dificuldades de passar no Senado, mas relatou que vê na medida uma maneira de assegurar a democracia do povo brasileiro, que a urna eletrônica seguirá funcionando, mas que com o voto auditável, será possível ter comprovação do seu voto, já que atualmente, você digita o número na urna e ele some, vira um código no sistema, e dessa forma, com a nova medida, será possível apurar possíveis fraudes em processos eleitorais.