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Empresa ilegal com sede em Novo Hamburgo é alvo de investigação por investimentos em criptomoedas
21/05/2019 08:59
Somente uma das contas da instituição teria recebido créditos de mais de R$ 700 milhões entre agosto de 2018 e fevereiro de 2019
Foto: Ação da Polícia Federal e da Receita Federal conta com apoio da Polícia Civil do Estado | Foto: Polícia Federal / Divulgação / CP

Com apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, a Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram nesta terça-feira uma ação para apurar a atuação de uma empresa com sede em Novo Hamburgo que estaria captando recursos de terceiros, sem a autorização dos órgãos competentes, para investimento no mercado de criptomoedas. A empresa assumia o compromisso de retorno de 15%, ao menos, no primeiro mês de aplicação.

Conforme levantamentos da Receita Federal, uma das contas da empresa teria recebido créditos de mais de R$ 700 milhões entre agosto de 2018 e fevereiro de 2019.

Intitulada Egypto – pela similaridade com o termo “cripto” e pelo fato de que o negócio foi classificado por terceiros como de “pirâmide financeira” –, a ação tem 130 policiais federais, 20 servidores da Receita Federal do Brasil e seis policiais civis. Eles cumprem dez mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão nas cidades gaúchas de Porto Alegre, Novo, Hamburgo, Esteio, Estância Velha e Campo Bom. Em Santa Catarina, as ordem judiciais são realizadas em Laguna e Florianópolis. Ainda há mandados para a cidade de São Paulo.

Também foram expedidas ordens judiciais de bloqueio de ativos financeiros em nome de pessoas físicas e jurídicas, de dezenas de imóveis e a apreensão de veículos de luxo. O inquérito policial foi instaurado em janeiro de 2019 e aponta que os sócios da instituição financeira clandestina apresentaram evolução patrimonial de grande vulto, que, em alguns casos, passou de menos de 100 mil para dezenas de milhões de reais em cerca de um ano.

Além dos crimes de operação de instituição financeira sem autorização legal, gestão fraudulenta, apropriação indébita financeira, lavagem de dinheiro e organização criminosa, o inquérito apura o envolvimento de pessoas que teriam tentado obter informações sigilosas da investigação e que foram identificadas. 

Fonte: Correio do Povo

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