Em encontro com servidores nesta segunda-feira (11), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse que a reforma no sistema de Previdência é necessária para o ajuste das contas públicas. Por isso, ele pretende mandar um projeto à Assembleia Legislativa. O objetivo é cobrir o rombo de R$ 12 bilhões.
"Um estado que tem um sistema previdenciário que excede em R$ 12 bilhões o que se arrecada no próprio sistema... O estado paga como patrão uma parte, o servidor paga parte como funcionário e, mesmo assim, faltam R$ 12 bilhões", disse o governador.
Leite disse que o governo ainda não tem projetos detalhados para apresentar, e que a discussão será levada à Assembleia. Ele se comprometeu a envolver os servidores na conversa.
"Vamos ter que trazer novamente em mesas de negociação, de interação, com os nossos sindicatos, para construir um modelo que dê segurança para o próprio servidor, para o recebimento do seu salário, não só quando estiver em atividade, mas também lá no futuro, na aposentadoria, o que vai demandar reformatação do sistema", explicou o governador.
Segurança
Também nesta segunda-feira, Leite visitou as sedes da Associação dos Agentes, Monitores e Auxiliares Penitenciários do Estado Rio Grande do Sul (Amapergs) e da Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar (ASSTBM). O governador ouviu as demandas de cada categoria.
Ele foi alertado pelo presidente da entidade sobre a necessidade de renovar o efetivo, já que até o fim do ano pelo menos quatro mil policiais militares vão para a reserva. Dos agentes penitenciários, Leite recebeu a cobrança de chamar 1,7 mil aprovados no concurso de 2016.
"Chamar os aprovados é ponto de partida na nossa ideia de diálogo com o governo, devido às dificuldades de apresentar presos nas audiências porque faltam funcionários para fazer o transporte", afirmou o presidente da Amapergs, Cláudio Fernandes.